Na
forte transição do mundo cartesiano, onde a técnica era quem mandava, para um
mundo que valoriza cada vez mais as ideias e livre pensamento do ser humano, a
mão-de-obra está sendo substituída pelo capital intelectual e não se comanda o
trabalhador com esse perfil da mesma forma que se motiva uma pessoa a utilizar
seu intelecto para produzir alguma coisa.
Cada
vez mais, a inovação tem sido um fator de sucesso muito grande na esfera
empresarial. A criatividade não vem do processo cartesiano, mas é um processo
muito diferente e ocorre em áreas diferentes do cérebro. Há uma revolução muito
grande no entendimento de como nosso cérebro funciona, dado o avanço da
neurologia. O primeiro sinal muito forte sobre isso foi dado por um médico
português Antônio Damazo, um dos melhores neurocirurgiões que atuam nos Estados
Unidos, que escreveu um livro de divulgação chamado 'O erro de Descartes', “no
qual ele apontava que o filósofo não tinha razão: não é 'penso logo existo',
mas 'sinto, logo penso'”, diz Moisés Fry Sznifer, professor dos programas de
mestrado e doutorado da FGV-EAESP.
O
CEO, pessoa que mais deveria possuir conhecimentos técnicos, que justamente por
razões técnicas chegou ao posto que ocupa, deve, agora, ter inteligência
emocional para comandar. Essa transição da mão-de-obra para o capital
intelectual exige que o líder cuide dos afetos das relações entre as pessoas, e
não mais somente do “comanda e obedece”.
Fonte:
FGV-EAESP
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