Se o desempenho da gestão -
sendo bom ou rim - é reflexo da equipe, e isso implica diretamente nos
resultados da empresa, é notável a importância da gestão de pessoas nas
organizações. De acordo com o professor e coordenador do curso de pós-graduação
Master em Liderança e Gestão de Pessoas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), João
Baptista Brandão, independentemente do porte das empresas, a gestão efetiva de
pessoas é vital. "Nas pequenas empresas a liderança é fundamental, pois há
muita proximidade entre a direção, os funcionários, os clientes, etc. As
grandes organizações até conseguem suportar por algum tempo a má gestão e má
liderança - e tem muito disso. Mas, em todos os casos, o desempenho requerido
demanda o querer das pessoas e, para querer, precisam encontrar sentido, o que
uma boa liderança pode oferecer", afirma. Ele diz que é preciso, contudo,
fazer as pessoas praticarem essas competências - e reconhecerem isso.
"Quando a competência é 'pessoal', ou tácita, ela enriquece o indivíduo.
Quando é prática ou explícita, isso se transforma em recurso da empresa",
esclarece.
Tais competências ganham o
centro de uma transformação no mercado nos dias de hoje, ou seja, quem não
souber liderar e/ou motivar, pode até levar o negócio ao fracasso. Por essas
razões, a gestão de pessoas se torna fator decisivo na competitividade das
organizações. Neste aspecto, Robert S. Atkin considera que as empresas
consistem em grupos de recursos, bens, propriedade real e intelectual, recursos
humanos, dentre outros. Além disso, o investimento nesses aspectos produz novos
recursos e capacidades. Já quando os recursos possuem valor agregado, são
escassos e difíceis de imitar ou substituir, e a empresa tem a oportunidade de
criar vantagem competitiva sustentada. "Como dito, gestão e liderança de
todos esses recursos de forma eficaz e eficiente é fundamental. Para mim, a
gestão de pessoas é, então, apenas outro fator importante, com a ressalva de
que as pessoas são muitas vezes o único recurso mais flexível e criativo",
reforça.
Outro ponto que torna a gestão de pessoas estratégica
para estimular a competitividade no mercado é bem simples - o cliente também é gente,
e a empresa precisa ser orientada para ele -, como avalia o professor Edison
Andrades. "A vantagem competitiva geralmente é alcançada pelos fatores
intangíveis de uma marca, produto ou serviço, já que o tangível é facilmente
copiado pela concorrência. Quando tratamos nosso cliente interno também como
gente, este tende a passar essa prática adiante, o que, consequentemente, eleva
exponencialmente os resultados", opina.Fonte: Gestão & Negócios
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