terça-feira, 28 de maio de 2013

Gestão como fator decisivo na competitividade


Se o desempenho da gestão - sendo bom ou rim - é reflexo da equipe, e isso implica diretamente nos resultados da empresa, é notável a importância da gestão de pessoas nas organizações. De acordo com o professor e coordenador do curso de pós-graduação Master em Liderança e Gestão de Pessoas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), João Baptista Brandão, independentemente do porte das empresas, a gestão efetiva de pessoas é vital. "Nas pequenas empresas a liderança é fundamental, pois há muita proximidade entre a direção, os funcionários, os clientes, etc. As grandes organizações até conseguem suportar por algum tempo a má gestão e má liderança - e tem muito disso. Mas, em todos os casos, o desempenho requerido demanda o querer das pessoas e, para querer, precisam encontrar sentido, o que uma boa liderança pode oferecer", afirma. Ele diz que é preciso, contudo, fazer as pessoas praticarem essas competências - e reconhecerem isso. "Quando a competência é 'pessoal', ou tácita, ela enriquece o indivíduo. Quando é prática ou explícita, isso se transforma em recurso da empresa", esclarece.
Tais competências ganham o centro de uma transformação no mercado nos dias de hoje, ou seja, quem não souber liderar e/ou motivar, pode até levar o negócio ao fracasso. Por essas razões, a gestão de pessoas se torna fator decisivo na competitividade das organizações. Neste aspecto, Robert S. Atkin considera que as empresas consistem em grupos de recursos, bens, propriedade real e intelectual, recursos humanos, dentre outros. Além disso, o investimento nesses aspectos produz novos recursos e capacidades. Já quando os recursos possuem valor agregado, são escassos e difíceis de imitar ou substituir, e a empresa tem a oportunidade de criar vantagem competitiva sustentada. "Como dito, gestão e liderança de todos esses recursos de forma eficaz e eficiente é fundamental. Para mim, a gestão de pessoas é, então, apenas outro fator importante, com a ressalva de que as pessoas são muitas vezes o único recurso mais flexível e criativo", reforça.
Outro ponto que torna a gestão de pessoas estratégica para estimular a competitividade no mercado é bem simples - o cliente também é gente, e a empresa precisa ser orientada para ele -, como avalia o professor Edison Andrades. "A vantagem competitiva geralmente é alcançada pelos fatores intangíveis de uma marca, produto ou serviço, já que o tangível é facilmente copiado pela concorrência. Quando tratamos nosso cliente interno também como gente, este tende a passar essa prática adiante, o que, consequentemente, eleva exponencialmente os resultados", opina.

Fonte: Gestão & Negócios 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Liderar é saber motivar e influenciar pessoas


De acordo com pesquisa da consultoria de negócios Empreenda, 87% dos 840 executivos consultados dizem que as empresas não detêm líderes em número suficiente para lidar com os desafios atuais e futuros das organizações. A pesquisa realizada, em 2012, mostra ainda que o índice da falta de liderança vem piorando. Em 2009, era de 63% e no ano passado chegou a 71%. Segundo Ararê Patusca, diretor corporativo da firma de RH Arezza, liderança é a habilidade de motivar e influenciar um grupo de pessoas, de forma ética e positiva. “É de suma importância que o ‘chefe’ conduza todos para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo, de forma a alcançar os objetivos tanto da equipe como da organização.” Mas alguns erros ao conduzir uma equipe podem colocar tudo a perder. O especialista lista dez atitudes que devem se evitadas no ambiente corporativo:
1) Evitar vínculo com as pessoas – Não ter a preocupação com lado humano das pessoas é a principal falha de um líder. É preciso criar laços com os profissionais para compreender o que os motiva. Isso é um trabalho que deve ser feito o tempo todo.
2) Confundir liderança com gerência – Para exercer a liderança, é fundamental envolver todos os colaboradores para atingir o resultado almejado, aplicando motivação, incentivo, apoio e acompanhamento. Ao gerente cabe a responsabilidade específica de imputar, administrar e cobrar resultados sob as atividades da empresa.
3) Não ser acessível – Engana-se aquele que acha certo ficar isolado numa sala e ficar delegando as atividades, sem ouvir o que a equipe tem a dizer. Para conseguir os objetivos, é necessário ter vários canais de comunicação, a fim de auxiliar todos nas tarefas.
4) Ocultar o desempenho de seus liderados ofuscando a eficácia – O profissional destaca-se por uma tarefa ou quando propõe uma solução, mas acaba não tendo o reconhecimento pelo seu mérito. Isso demonstra a insegurança do líder ao lidar com o sucesso de outra pessoa. Na verdade deveria ser o contrário, já que o bom desempenho da equipe reflete no trabalho realizado pelo ‘chefe’.
5) Não entender a questão ‘emoção’ – O colaborador é um ser humano que está sujeito a ter problemas. Um líder frio, que não entende esse lado, está fadado ao fracasso. É preciso colocar-se na situação da pessoa para encontrar juntos uma solução.
6) Não motivar nem inspirar ou fazer isso de forma equivocada – De nada adianta o coordenador da equipe passar uma imagem nada condizente com a função. Na verdade, o líder deve ser um exemplo para inspirar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho.
7) Não ter a percepção do momento em que deve haver mudanças – É comum haver resistência quando há uma alteração, seja ela estratégica, comportamental ou de atitude. Nesse caso, cabe ao líder estimular os funcionários a acreditarem que as mudanças são fundamentais para o crescimento da organização.
8) Desencorajar os outros e não saber correr riscos – Desestimular a equipe é sinônimo de quem não quer jogar para ganhar. O bom líder é aquele que estimula seus funcionários a saírem da zona de conforto para que juntos alcancem as metas pretendidas ainda que isto implique em correr alguns riscos. ‘O pulo do gato’ é saber mensurar e ponderar esses riscos transformando-os em diferenciais para o sucesso.
9) Promover conflitos ou não saber administrá-los - Provocar a discórdia na equipe significa que haverá falta de sincronismo em torno de um objetivo comum. Nesse caso, cabe ao líder o papel de solucionar os conflitos proporcionando um ambiente de trabalho tranquilo e harmonioso e desenvolver profissionais vencedores.
10) Ser omisso no desenvolvimento do colaborador - Não priorizar as necessidades do liderado como ser humano, não observando suas competências. É preciso entender que estimular a capacitação dos profissionais é essencial para atingir os resultados. Quando um líder tem essa percepção, abre o caminho para lapidar novos talentos.
Essas dicas, diz o consultor, são importantes para conduzir uma equipe de sucesso, porém, é preciso adaptá-las conforme as necessidades do ambiente corporativo. “O líder precisa ser humilde, observar, ser verdadeiro consigo mesmo, identificar seus limites e com ética superá-los. Liderar não é somente gerenciar, é quase um estado de espírito, é ser compartilhador, transferidor, ou seja, é a habilidade de entender e de ser entendido", ressalta Ararê.

Fonte: UOL/Canal Executivo

Criação de empresas no país cai mais de 4% no primeiro trimestre


No primeiro trimestre de 2013 foram criadas e passaram a funcionar no país 428.741 novas empresas. É que mostrou estudo inédito da Serasa Experian sobre Nascimento de Empresas. O valor representou um recuo de 4,1% frente ao total de novas empresas surgidas durante o primeiro trimestre de 2012 (447.130), porém foi maior que os totais registrados durantes os primeiros trimestres de 2011 (373.010 novas empresas) e 2010 (322.387 novas empresas).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recuo do número de novas empresas criadas no primeiro trimestre de 2013 é reflexo tanto do enfraquecimento da atividade econômica ao longo do ano de 2012, desestimulando o surgimento de novos empreendedores, quanto do bom momento vivido pelo mercado de trabalho, onde a escassez relativa de mão-de-obra tem elevado o nível e emprego e os salários pagos pelas empresas formais.
Conforme apontado pelo estudo, das 428.741 novas empresas criadas no primeiro trimestre de 2012, 277.391 (65% do total) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 69.351 (16% do total) foram de Empresas Individuais, 59.852 (14% do total) foram de Sociedades Limitadas e, por fim, 22.147 (5% do total) foram de empresas de outras naturezas jurídicas. É importante notar que a participação dos Microempreendedores Individuais (MEIs) no conjunto de empresas que a cada mês surgem no país vem aumentando progressivamente, respondendo hoje por quase 2/3 do total.
Por Região
O Sudeste é a região onde ocorreu o maior número de empresas abertas durante o primeiro trimestre de 2013: 208.438 empresas, 49% do total. Em seguida aparece a Região Nordeste com 80.056 empresas (19% do total). Na Região Sul foram criadas 73.244 empresas nos primeiros três meses de 2013 (17% do total) e no Centro-Oeste surgiram 42.753 empresas (10% do total) durante o primeiro trimestre de 2013. Por fim, houve a criação de 24.250 (6% do total) empresas na Região Norte no primeiro trimestre deste ano.
A Região Sul foi a única que registrou aumento no nascimento de empresas durante o primeiro trimestre de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado (alta de 0,9%). Em todas as demais regiões do país houve quedas no número de empresas criadas nos três primeiros meses deste ano, especialmente no Sudeste (recuo de 7,6%).
Setor
É no setor de serviços que está a maior concentração do número de empresas criadas durante o primeiro trimestre de 2013: foram 252.118 empresas de serviços que abriram suas portas, representando 59% do total. Em seguida, foram abertas 135.180 empresas comerciais (32% do total) no acumulado dos três primeiros meses de 2013 e, no setor industrial, surgiram 34.100 empresas (8% do total) neste mesmo período. Ainda foram criadas 7.343 empresas de outros setores (setor primário, financeiro, terceiro setor, etc.) no primeiro trimestre deste ano.
Ao longo destes últimos quatro anos, tem crescido a participação das empresas de serviços no total de empresas que nascem no país. Esta participação aumentou 5 pontos percentuais entre o primeiro trimestre de 2010 (54% do total) e o primeiro trimestre de 2013 (59% do total).
Por outro lado, a participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nestes últimos anos (de 35% no 1º trimestre de 2010 para 32% no 1º trimestre de 2013), ao passo que a participação das novas empresas industriais vem se mantendo estável, na casa dos 8%.
MEIs por Ramo de Atividade
Desde a sua criação pela Lei Complementar 128/2008, a participação dos Microempreendedores Individuais (MEIs) tem crescido dentro do universo de novas empresas que são constituídas no país, respondendo hoje por quase 2/3 do total. Assim, é relevante identificarmos quais ramos de atuação concentram as maiores taxas de surgimento de Microempreendedores Individuais (MEIs).
Os dados mostram que dos 277.391 Microempreendedores Individuais (MEIs) surgidos no primeiro trimestre de 2013, 29.635 foram do ramo de comércio de confecções em geral (10,7% do total dos MEIs), seguidos por 26.643 novos MEIs do ramo de serviços de higiene e de embelezamento pessoal (9,6% do total). Logo abaixo, houve a criação de 25.563 novos MEIs no ramo de reparação e manutenção de prédios e instalações elétricas (9,2% do total) e de 24.892 novos MEIs de serviços de alimentação (9,0% do total). Vale notar que estes quatro ramos concentraram quase 40% de todos os MEIs criados durante o primeiro trimestre de 2013.

Fonte: UOL/Canal Executivo